Ao que tudo indica, a prática do cliff diving começou em 1770, no Havaí. Como forma de demonstrar sua coragem e impressionar as moças, guerreiros saltavam do alto de penhascos de até 25 m, para o mar, numa profundidade de apenas 3,5 m!
Muito mais tarde, nos anos 1950, a Timex, fabricante de relógios, usou o cliff diving como um teste de tortura para um novo modelo. Comerciais de TV mostravam um mergulhador, em Acapulco, saltando de um penhasco de de 26,5 m que, ao cair na água, recebia o primeiro impacto no pulso que levava o relógio (assista abaixo). Fantástico! Nos anos 1960, já havia campeonatos da modalidade no México, mas apenas em 1996 foi criada a Federação Internacional.
Esporte para malucos, talvez. Não há equipamento, nem roupa especial, nada. Apenas o corpo, a coragem (ou loucura?) e o mar lá embaixo. Contudo, é lindo de se ver e tem atraído mais do que adeptos, muitos fãs. Além do México e do Havaí, há diversos locais espalhados pelo mundo onde se pode praticar ou assistir esse esporte. Dubrovnik, na Croacia, Avegno, na Suíça e, é claro, Negril, na Jamaica, são alguns deles.
Por lá, existem penhascos de calcário com alturas que variam entre 12 e 21 m e são muito populares, tanto entre os locais, quanto entre os turistas. Vários hotéis e restaurantes dispõem de plataformas para salto, mas, certamente, a mais famosa delas fica no lendário Rick’s Cafe.
Fundado há 40 anos e destruído duas vezes por furacões (o mais recente, em 2004), o Rick’s Cafe é famoso por proporcionar, na opinião de muitos, o mais belo pôr do sol de toda ilha. No quesito cliff diving também é imbatível. Lá, a plataforma para saltos mais alta tem 11 m, mas há quem salte de pontos ainda mais elevados. Há mergulhadores, digamos, profissionais, que ganham a vida exibindo seus talentos no esporte, em troca de boas gorjetas.
Uma competição incrível, que acontece desde 2009 é a patrocinada pela Red Bull, a Red Bull Cliff Diving. Neste ano, foram sete etapas, começando por Cuba e terminando no México, e quinze competidores, sendo 5 mulheres. Entre elas, a brasileira Jacqueline Valente.
Notícia que circulou no início da competição, em maio, dizia que a Jamaica estava sendo considerada como possibilidade para uma das etapas, no próximo ano. Não conseguimos confirmação, mas estamos na torcida!