Além das belezas naturais, a Jamaica tem o dom de produzir grandes músicos e velocistas. Mas não fica só por aí, basta pesquisar um pouco para descobrir que esta pequena ilha do Caribe tem dezenas de outros filhos ilustres, que se consagraram em diferentes áreas.
Marcus Garvey nasceu na Jamaica, em 1887, e durante toda vida trabalhou em defesa dos direitos dos negros. Já na adolescência, quando trabalhava como aprendiz numa gráfica, tomou contato com movimentos sindicais e participou de uma greve malsucedida, que, no entanto, lhe despertou a paixão pelo ativismo político.
Garvey viajou pela América Central como editor de um jornal e viu de perto a exploração de imigrantes nos latifúndios. Posteriormente, estudou em Londres e lá trabalhou para jornais que pregavam o chamado Nacionalismo Pan-Africano. De volta à Jamaica, em 1912, fundou o Universal Negro Improvement Association (UNIA), cujo objetivo principal era unir as pessoas de ascendência africana num só país, com governo próprio. Em 1920, a UNIA possuía 1.100 filiais, em mais de 40 países, incluindo os EUA, além de países no Caribe e na África.
Marcus Garvey militou nos EUA e na Inglaterra, onde morreu, em 1940. Na Jamaica, é considerado herói nacional e também profeta do movimento rastafári, por seus ideais. Em 1975, o cantor de reggae Burning Spear lançou o álbum “Marcus Garvey”, cuja primeira faixa homenageia o líder jamaicano.
No campo dos esportes, mas, desta vez, no basquete, a Jamaica tem um representante ilustre: Patrick Ewing. Ele emigrou para os EUA aos onze anos de idade e lá começou a jogar basquete com os vizinhos. Aprendeu facilmente, mas tinha de se dedicar muito aos estudos, pois tinha certa dificuldade. Enfim, conseguiu entrar na Geogetown University, onde iniciou sua carreira no esporte. Jogou por 15 anos pelos New York Knicks, teve passagem pelos Seattle SuperSonics e Orlando Magic e foi ganhador de duas medalhas de ouro, nos Jogos Olímpicos de 1984 e 1992. Foi eleito um dos 50 maiores jogadores da NBA de todos os tempos.
Para terminar, uma personagem de trajetória inusitada. Em 1993, aos 18 anos de idade, a jamaicana Lisa Hanna foi eleita Miss Mundo. Ela, que já tinha feitos trabalhos voluntários na adolescência e apresentado um famoso programa de TV, chamado Rappin, graduou-se e pós graduou-se em comunicação. Depois de atuar na área, em 2007, foi eleita como Membro do Parlamento. Em 2012, foi indicada Ministra da Juventude e da Cultura, cargo que ocupa até hoje.
Além desses três exemplos, poetas, historiadores, escritores, atores, modelos. Gente que sempre viveu na Jamaica ou que buscou oportunidades em outros países. Pouco a pouco, através da biografia desses jamaicanos ilustres, mostraremos um pouco mais da cultura jamaicana. Aguardem!